segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Etapas do processo investigativo



Sabemos que O Processo de Investigação é composto por diferentes etapas.

Estas variam consoante o autor, aliás como se conclui das várias bibliografias consultadas. Estas variações estão materializadas nos diversos fluxogramas, muito embora exista um tronco comum na estrutura do Processo de Investigação.

Como tal considero que as fases principais de uma investigação são as seguintes:

1- Definição do problema com a pergunta de partida;
2- A fase exploratória;
3- Construção da problemática;
4- Conceção do modelo de análise (conceitos e hipóteses);
5- A observação e a recolha de informação: métodos e técnicas;
6- Análise e interpretação dos resultados;
7- Estrutura de um relatório de investigação: partes constitutivas e regras básicas de apresentação e as conclusões.

Na definição do problema deverá ser definido o campo social da pesquisa. Há claramente a necessidade com base num diagnóstico inicial identificar os principais atores, bem como os objetivos e os problemas em concreto, situação ou fenómeno que se pretende entender ou resolver; o conjunto de teorias, bem como de metodologias de apoio ao entendimento da problemática e a condução do processo de aprendizagem da pesquisa. É nesta fase que existe a necessidade da definição da equipe de trabalho. A pergunta de partida irá funcionar como o fio condutor do trabalho.

A fase exploratória deverá compreender um conjunto diversificado de operações, nomeadamente:
- Leitura, onde se procura a razoabilidade e assertividade na escolha;
- Entrevistas com a finalidade de contactar com a realidade;
- Métodos exploratórios complementares.

Na 3.ª fase devemos fazer uma abordagem ou perspetivar teoricamente a estratégia adotada no tratamento da pergunta de partida. Ao conceber uma problemática, o investigador opta por uma orientação teórica, onde deverá explicitar o quadro conceptual da investigação.

Na 4.ª fase constitui o que podemos designar pelo produto entre a problemática fixada e o trabalho de elucidação sobre um campo de análise restrito e preciso.

A melhor forma de conduzir com ordem e rigor a organização de uma investigação é em torno de hipóteses. Estas pressupõem apontar o caminho da procura, fornecendo um fio condutor à investigação, mas também prover a recolha de dados de um critério e desta forma dar a oportunidade de confrontar as hipóteses com a realidade.

Na observação ou 5.ª fase, é abarcado o conjunto das operações através das quais o nosso modelo de análise é submetido ao teste dos factos e confrontado com dados observáveis.

Na 6.ª fase que compreende a análise e interpretação dos resultados, existe a necessidade dos caracterizar, quer do ponto de vista quantitativo, mas também qualitativo.
Importa também comparar os resultados esperados com os resultados observados e nesta sequência procurar o significado das diferenças.

Na 7.ª fase, esta é constituída por três pontos:

- Um recapitular das grandes linhas de orientação;
- Uma apresentação detalhada dos contributos para o saber resultados da investigação;
- Considerações de ordem prática.

Bom trabalho!

Jorge Soares


Fonte:
Cohen, L., Manion, L., Morrisson, K. (2004). Research methods in education. London: Routledge
Neuman, W.L. (2006). Social Research Methods. USA: Pearson Education
Pereira, Alda. O Processo de Investigação. Lisboa: UAb
Robson, Colin. (1993). Real World Research. UK: Blackwell Publishers

Fluxograma com as etapas de investigação:

Em seguida e no âmbito do trabalho do nosso grupo E-Sophi@, o qual está desenvolvido no nosso Wiki, são apresentadas em forma de fluxograma, as diversas etapas de investigação.



 2ª contribuição no Fórum:

Caro Professor,
Agradeço a oportunidade que me dá em aprofundar o ponto 2.
Quando falo em “fase exploratória”, esta ao focar a exploração, pressupõe contemplar um conjunto de operações, nomeadamente:
- Entrevistas abertas e flexíveis (a peritos, cientistas, testemunhas privilegiadas e aquilo que designamos por público potencial);
- Leitura (Qualidade da problematização), onde importa ser razoável, mas também assertivo na escolha.
Quando falo em outros métodos, destaco a necessidade de contactar com a realidade, fazer o trabalho de campo.
Espero ter dissipado algumas dúvidas.
Por outro lado, deixo aqui algum feedback daquilo que tenho retido, pois sendo eu um leigo nestas matérias, importa personificar o verdadeiro investigador. Considero que as principais dificuldades no trabalho de um investigador são em grande parte de ordem metodológica.
Cumprimentos,

Jorge Soares

Sem comentários:

Enviar um comentário