segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tema 2 - Métodos de Recolha de Dados



Objetivo: Este tema é dedicado a procurar identificar paradigmas e métodos de investigação em Educação, a definir as etapas do processo investigativo e a traçar as caraterísticas de um relatório de investigação.

Competências a desenvolver:

- Realizar pesquisas e analisar bibliografia sobre o processo de investigação;
- Analisar criticamente um relatório de investigação;
- Caraterizar vários métodos de investigação em educação;
- Refletir e debater sobre as etapas do processo de investigação;
- Argumentar de forma sustentada sobre diferentes métodos de
investigação.


Contribuição no Fórum:
  Métodos quantitativos de recolha de dados - questionários como ferramenta de recolha de dados:

Caro Professor e caros Colegas,
Face que já foi dito pelas colegas, seria interessante propor alguns bons princípios na elaboração do questionário. Assim considero importante dar continuidade ao que abordamos no tema 1, sendo que irei tentar enumerar e elencar vários pontos:
- Definir os objetivos de investigação;
- Identificar a população e a amostra;
- Decidir como recolher as respostas;
- Elaborar o questionário;
- Levar a cabo um questionário piloto;
- Levar a cabo o questionário elaborado;
- Analisar os dados.
Podemos verificar nestes pontos, a relevância que o questionário possui na estratégia de investigação e que importa aprofundar.
A construção do questionário deverá ter em conta os seguintes aspetos:
- Implica tempo e esforço;
- Não existe uma metodologia padrão para o projeto de elaboração de questionários;
- Pela minha análise são diversas as recomendações dos autores relativas à sua elaboração no processo de investigação científica. Assim podemos concluir que, consoante o caso, será necessário elaborar um instrumento de recolha de dados eficaz para a finalidade a que se destina.
O investigador deve estar atento aos erros habituais no processo de pesquisa, nomeadamente:
- Falha no processo de escolha da amostra e da determinação do seu tamanho;
- Questionários mal elaborados, com questões tendenciosas, dúbias ou sequencialmente mal colocadas.
Na minha atividade profissional e porque estou ligado ao ensino superior, é já uma prática corrente o envio de diversos questionários, no âmbito de trabalhos de investigação relacionados com Doutoramentos, Pós-Doutoramentos e Mestrados, o mais recente que preenchi foi para a nossa Universidade – a UAb e para o INA. Assim tomo a liberdade de estruturar os componentes de um questionário:
- Solicitação de cooperação, com uma exposição prévia sobre a pesquisa e a entidade que a promove, será útil colocar as vantagens que a pesquisa poderá trazer para a sociedade;
- Instruções, onde a clareza e objetividade devem ser características dominantes;
- Pertinência da informação solicitada, importa saber questionar, efetivamente, o que se pretende pesquisar.
Na elaboração de um questionário, os aspetos que devemos ter em conta, são:
- O problema formulado;
- Os objetivos da pesquisa;
- As hipóteses colocadas;
- A população a ser inquirida;
- Os métodos de análise de dados.
Assim devemos ter em conta que nesta fase a informação a recolher deve fluir naturalmente, desde que o investigador tenha respeitado as etapas precedentes da pesquisa.
Mas há outros aspetos a serem considerados, decisões que devem ser tomadas, tendo em vista o sucesso, em concreto:
- O conteúdo das perguntas;
- O formato das respostas que desejamos obter;
- A formulação das perguntas;
- A sequência das perguntas;
-A apresentação e layout do questionário;
-Teste prévio.
E porque não é minha intenção fazer um "testamento", irei dar mais contributos e alguma da minha experiência pessoal nestas andanças.
Bom trabalho!

Jorge Soares


2ª Contribuição:




Caro Professor e caros Colegas,
A “Pergunta”, o conteúdo das perguntas, será realmente necessária aquela pergunta? É certamente uma questão que o investigador coloca a si próprio. Será que esta possui utilidade? Deixo um conjunto de tópicos que considero relevantes no conteúdo das perguntas:
- As pessoas inquiridas têm informação necessária para responder à pergunta?
- Os inquiridos estarão dispostos a fornecer essa informação?
- O assunto exige uma pergunta separada, ou pode ser incluído em outras perguntas?
- Existem outras perguntas que já incluem este ponto?
- A pergunta é desnecessariamente específica ou deve ser mais especifica e ligada à experiência pessoal do inquirido?
- Serão necessárias várias perguntas sobre o assunto ou uma é o suficiente?
- Em perguntas de opinião, basta saber se o inquirido é a favor ou contra ou interessa conhecer os graus de favorabilidade/desfavorabilidade?
- O conteúdo da pergunta não estará a influenciar o inquirido?
Aproveitando a oportunidade da colega Eunice ter abordado um ponto que considero muito importante, o formato das respostas. Assim será útil enumerar as vantagens e desvantagens, começando pelas “Questões abertas - vantagens”:
- Estimulam a cooperação;
- Permitem avaliar melhor as atitudes do que as questões estruturadas;
- São muito úteis como primeira questão de um determinado tema porque deixam o inquirido mais à vontade;
- Cobrem pontos que vão para além das questões fechadas;
- Têm menor poder de influência nos inquiridos do que as perguntas com alternativas;
- Exigem menor tempo de elaboração;
- Proporcionam comentários, explicações e esclarecimentos significativos para se interpretar e analisar;
- Evitam o perigo do investigador pesquisador omitir alguma alternativa significativa nas opções apresentadas.
Enquanto desvantagens, temos:
- Dão margem à parcialidade do entrevistador na compilação das respostas;
- Colocam dificuldades na codificação e possibilitam a interpretação subjetiva;
- Em questionários de auto preenchimento colocam dificuldades de redação da maioria das pessoas;
- São menos objetivas, permitindo ao inquirido divagar e fugir ao assunto;
- A sua análise é mais demorada.
Bibliografia: Neuman, W. Lawrence (2000). Social ResearchMethods. USA: Edições Allyn & Bacon


3ª Contribuição:
Caro Professor e caros Colegas,
Tenho seguido atentamente esta discussão profícua relativa aos métodos quantitativos de recolha de dados, em concreto aos “Questionários como ferramenta de recolha de dados”. Assim e aproveitando o mote do Miguel Coelho ter abordado esta ferramenta na sua versão eletrónica, lembrei-me de analisar com detalhe os questionários online ou online surveys.
O propósito deste meu post assenta essencialmente em três razões:
- O nosso Mestrado é marcadamente virado para as tecnologias online, sendo inovador em muitos aspetos;
- A importância que estas ferramentas possuem no processo de recolha e análise de dados, pois na medida em que algumas possibilitam a exportação dos dados para MS Excel, IBM - SPSS e outras ferramentas de análise;
- Por último, o meu pequeno contributo que esta reflexão possa dar a todos nós, investigadores, que assim poderão, espero eu, obterem informações que possam contribuir para a importante decisão que é escolher qual a melhor solução online para criar um questionário que possa servir os propósitos da nossa investigação.
Destaco o Limesurvey, com base na Tabela que elaborei, como sendo uma solução baseada em código aberto possui imensas funcionalidades, muitas delas poderosas, é uma solução que pode ser implementada em qualquer instituição de ensino, como já tive oportunidade da implementar no âmbito profissional.
Este documento é meramente informativo, como tal envio os vários URLs das páginas que consultei onde poderão aceder com mais detalhe aos recursos disponíveis.
Por fim deixo ao critério do Professor se é um post que possa ficar aqui neste tema ou como recursos.
Bom trabalho!

Jorge Soares

 














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