domingo, 4 de dezembro de 2011

Guião de Entrevistas

Guião de Entrevistas do Grupo E-Sophi@

No âmbito desta atividade do nosso grupo, foi decidido utilizar a plataforma colaborativa Google Docs, esta revelou-se uma ferramenta muito flexível e ao mesmo tempo um importante contributo para quem como nós desenvolveu esta importante atividade na investigação.
A par desta ferramenta, recorremos ao MS Messenger, esta aplicação permitiu-nos desenvolver um diálogo profícuo e muito útil para uma correta articulação de todos os membros no nosso grupo com a vantagem de ser em tempo real. 

Elaboração de um Guião

Actividades:

- Preparação em equipa de um guião para uma entrevista. Este guião, será posteriormente, discutido no fórum, com o objectivo de definirmos um guião único, que deverá ser utilizado na realização das entrevistas no terreno. As entrevistas são semi-estruturadas e inserem-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário (a amostra serão colegas vossos, estamos a forçar um pouco o caso, mas é para efeitos de trabalho prático).

- São três as questões de investigação: o que pensam esses professores sobre as redes sociais, como por exemplo o Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc? Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social? Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?

O nosso grupo E-sophi@ elaborou o seguinte guião de entrevistas

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tema 2 - Métodos de Recolha de Dados



Objetivo: Este tema é dedicado a procurar identificar paradigmas e métodos de investigação em Educação, a definir as etapas do processo investigativo e a traçar as caraterísticas de um relatório de investigação.

Competências a desenvolver:

- Realizar pesquisas e analisar bibliografia sobre o processo de investigação;
- Analisar criticamente um relatório de investigação;
- Caraterizar vários métodos de investigação em educação;
- Refletir e debater sobre as etapas do processo de investigação;
- Argumentar de forma sustentada sobre diferentes métodos de
investigação.


Contribuição no Fórum:
  Métodos quantitativos de recolha de dados - questionários como ferramenta de recolha de dados:

Caro Professor e caros Colegas,
Face que já foi dito pelas colegas, seria interessante propor alguns bons princípios na elaboração do questionário. Assim considero importante dar continuidade ao que abordamos no tema 1, sendo que irei tentar enumerar e elencar vários pontos:
- Definir os objetivos de investigação;
- Identificar a população e a amostra;
- Decidir como recolher as respostas;
- Elaborar o questionário;
- Levar a cabo um questionário piloto;
- Levar a cabo o questionário elaborado;
- Analisar os dados.
Podemos verificar nestes pontos, a relevância que o questionário possui na estratégia de investigação e que importa aprofundar.
A construção do questionário deverá ter em conta os seguintes aspetos:
- Implica tempo e esforço;
- Não existe uma metodologia padrão para o projeto de elaboração de questionários;
- Pela minha análise são diversas as recomendações dos autores relativas à sua elaboração no processo de investigação científica. Assim podemos concluir que, consoante o caso, será necessário elaborar um instrumento de recolha de dados eficaz para a finalidade a que se destina.
O investigador deve estar atento aos erros habituais no processo de pesquisa, nomeadamente:
- Falha no processo de escolha da amostra e da determinação do seu tamanho;
- Questionários mal elaborados, com questões tendenciosas, dúbias ou sequencialmente mal colocadas.
Na minha atividade profissional e porque estou ligado ao ensino superior, é já uma prática corrente o envio de diversos questionários, no âmbito de trabalhos de investigação relacionados com Doutoramentos, Pós-Doutoramentos e Mestrados, o mais recente que preenchi foi para a nossa Universidade – a UAb e para o INA. Assim tomo a liberdade de estruturar os componentes de um questionário:
- Solicitação de cooperação, com uma exposição prévia sobre a pesquisa e a entidade que a promove, será útil colocar as vantagens que a pesquisa poderá trazer para a sociedade;
- Instruções, onde a clareza e objetividade devem ser características dominantes;
- Pertinência da informação solicitada, importa saber questionar, efetivamente, o que se pretende pesquisar.
Na elaboração de um questionário, os aspetos que devemos ter em conta, são:
- O problema formulado;
- Os objetivos da pesquisa;
- As hipóteses colocadas;
- A população a ser inquirida;
- Os métodos de análise de dados.
Assim devemos ter em conta que nesta fase a informação a recolher deve fluir naturalmente, desde que o investigador tenha respeitado as etapas precedentes da pesquisa.
Mas há outros aspetos a serem considerados, decisões que devem ser tomadas, tendo em vista o sucesso, em concreto:
- O conteúdo das perguntas;
- O formato das respostas que desejamos obter;
- A formulação das perguntas;
- A sequência das perguntas;
-A apresentação e layout do questionário;
-Teste prévio.
E porque não é minha intenção fazer um "testamento", irei dar mais contributos e alguma da minha experiência pessoal nestas andanças.
Bom trabalho!

Jorge Soares


2ª Contribuição:




Caro Professor e caros Colegas,
A “Pergunta”, o conteúdo das perguntas, será realmente necessária aquela pergunta? É certamente uma questão que o investigador coloca a si próprio. Será que esta possui utilidade? Deixo um conjunto de tópicos que considero relevantes no conteúdo das perguntas:
- As pessoas inquiridas têm informação necessária para responder à pergunta?
- Os inquiridos estarão dispostos a fornecer essa informação?
- O assunto exige uma pergunta separada, ou pode ser incluído em outras perguntas?
- Existem outras perguntas que já incluem este ponto?
- A pergunta é desnecessariamente específica ou deve ser mais especifica e ligada à experiência pessoal do inquirido?
- Serão necessárias várias perguntas sobre o assunto ou uma é o suficiente?
- Em perguntas de opinião, basta saber se o inquirido é a favor ou contra ou interessa conhecer os graus de favorabilidade/desfavorabilidade?
- O conteúdo da pergunta não estará a influenciar o inquirido?
Aproveitando a oportunidade da colega Eunice ter abordado um ponto que considero muito importante, o formato das respostas. Assim será útil enumerar as vantagens e desvantagens, começando pelas “Questões abertas - vantagens”:
- Estimulam a cooperação;
- Permitem avaliar melhor as atitudes do que as questões estruturadas;
- São muito úteis como primeira questão de um determinado tema porque deixam o inquirido mais à vontade;
- Cobrem pontos que vão para além das questões fechadas;
- Têm menor poder de influência nos inquiridos do que as perguntas com alternativas;
- Exigem menor tempo de elaboração;
- Proporcionam comentários, explicações e esclarecimentos significativos para se interpretar e analisar;
- Evitam o perigo do investigador pesquisador omitir alguma alternativa significativa nas opções apresentadas.
Enquanto desvantagens, temos:
- Dão margem à parcialidade do entrevistador na compilação das respostas;
- Colocam dificuldades na codificação e possibilitam a interpretação subjetiva;
- Em questionários de auto preenchimento colocam dificuldades de redação da maioria das pessoas;
- São menos objetivas, permitindo ao inquirido divagar e fugir ao assunto;
- A sua análise é mais demorada.
Bibliografia: Neuman, W. Lawrence (2000). Social ResearchMethods. USA: Edições Allyn & Bacon


3ª Contribuição:
Caro Professor e caros Colegas,
Tenho seguido atentamente esta discussão profícua relativa aos métodos quantitativos de recolha de dados, em concreto aos “Questionários como ferramenta de recolha de dados”. Assim e aproveitando o mote do Miguel Coelho ter abordado esta ferramenta na sua versão eletrónica, lembrei-me de analisar com detalhe os questionários online ou online surveys.
O propósito deste meu post assenta essencialmente em três razões:
- O nosso Mestrado é marcadamente virado para as tecnologias online, sendo inovador em muitos aspetos;
- A importância que estas ferramentas possuem no processo de recolha e análise de dados, pois na medida em que algumas possibilitam a exportação dos dados para MS Excel, IBM - SPSS e outras ferramentas de análise;
- Por último, o meu pequeno contributo que esta reflexão possa dar a todos nós, investigadores, que assim poderão, espero eu, obterem informações que possam contribuir para a importante decisão que é escolher qual a melhor solução online para criar um questionário que possa servir os propósitos da nossa investigação.
Destaco o Limesurvey, com base na Tabela que elaborei, como sendo uma solução baseada em código aberto possui imensas funcionalidades, muitas delas poderosas, é uma solução que pode ser implementada em qualquer instituição de ensino, como já tive oportunidade da implementar no âmbito profissional.
Este documento é meramente informativo, como tal envio os vários URLs das páginas que consultei onde poderão aceder com mais detalhe aos recursos disponíveis.
Por fim deixo ao critério do Professor se é um post que possa ficar aqui neste tema ou como recursos.
Bom trabalho!

Jorge Soares

 














quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Balanço da Actividade 1

Balanço da Actividade 1

Caro Professor e caros Colegas,
As minhas desculpas por estar a fazer um balanço de uma atividade, quando uma outra já está a decorrer, mas a investigação é mesmo assim. Tudo está intimamente ligado, sendo que para o sucesso de qualquer investigação, no meu entender, passa pela preocupação do investigador buscar o conhecimento, nem que para isso, se criem mais dúvidas. 
Esta fase relacionada com o processo de investigação, é extremamente relevante, pois é possível ter uma visão abrangente dos desafios, motivações, preocupações que o investigador deve saber gerir.
A oportunidade que o Professor nos deu para gerar um fluxograma, contribuiu para estruturar as ideias, a par de uma plataforma colaborativa, onde todos nós contribuímos. Mesmo o Messenger acaba por criar autênticas sessões de brainstorm. Gostava de fazer uma retrospetiva mais profunda, pois tal como todas as unidades curriculares que já fiz ao longo deste percurso académico, é importante saborear, digerir, refletir, será no meu entender um bom início de uma investigação. Gostava e pedia ao Professor que o fórum da atividade 1, se pudesse, ficasse novamente visível, só assim é possível refletir.

"O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são."
(Aristóteles)

Cumprimentos,

Jorge soares

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tema 1 - O processo de investigação


Objetivo: Este tema é dedicado a procurar identificar paradigmas e métodos de investigação em Educação, a definir as etapas do processo investigativo e a traçar as caraterísticas de um relatório de investigação.

Competências a desenvolver:


- Realizar pesquisas e analisar bibliografia sobre o processo de investigação;
- Analisar criticamente um relatório de investigação;
- Caraterizar vários métodos de investigação em educação;
- Refletir e debater sobre as etapas do processo de investigação;
- Argumentar de forma sustentada sobre diferentes métodos de
investigação.


Proposta de trabalho:


Esta Tema 1 decorrerá em quatro fases entre 17 de Outubro e 6 de Novembro:


Fase 1 - De 17 a 19 de Outubro.

- Discussão do Contrato de Aprendizagem (CA) e apresentação dos membros da comunidade.
- Leitura e visualização (individual) dos recursos de aprendizagem disponibilizados neste tópico e/ou indicados no CA. Veja com atenção os diapositivos intitulados O Processo de Investigação da Prof. Alda Pereira.
- Pesquisa (individual) de recursos de aprendizagem relacionados com o tema tratado.
- Análise e interpretação do conteúdo dos objectos de aprendizagem propostos.

Recursos de aprendizagem:
 
O Processo de Investigação - Prof.ª Alda Pereira
 
Modalidades de Pesquisa em Educação I - Universidade Virtual do Estado de São Paulo


 
Neste vídeo é abordado um conjunto de modalidades de pesquisa na Educação, a saber:

- Qualitativa: a mais comum na educação e permite ao investigador "desenhar" o seu percurso de pesquisa.
- Quantitativa: aproximação ao sujeito, há um tratamento de dados em bruto.
- Revisão bibliográfica: permite reunir ideias oriundas de diferentes fontes, é assim possível construir uma nova teoria ou uma nova forma de apresentação, há como que uma necessidade de "refazer o edifício".
- Documental: Segundo a Prof.ª Marilha Reis, esta modalidade de pesquisa tem como principal caraterística o fato de que a fonte dos dados, o campo onde se procederá à coleta de dados, é um documento (histórico, institucional, associativo, oficial, etc.).


Contribuição no Fórum - O Processo de Investigação - os fluxogramas:

Caro Professor e caros Colegas,

A problemática é a abordagem ou a perspetiva teórica que nos dispusemos adotar para tratarmos o problema formulado pela pergunta de partida. Deve responder objetivamente  à pergunta: "Como vou tratar este fenómeno?" Reside na charneira entre a rutura e a construção.
A questão deverá ser a formulação clara e simples do tema da investigação. A questão deve ser:

- Exequível;

- Clara;

- Significativa;

- Relevante;

- Ética.


Contribuição no Fórum - O Processo de Investigação - Paradigmas e Métodos:

Caro Professor e caros Colegas,
Tendo em conta os vários contributos elucidativos e descritivos já colocados neste debate, gostaria de aprofundar um método que certamente reflete a determinação do investigador e o seu envolvimento na questão que está a ser alvo da sua pesquisa. Contudo, o Professor faz um comentário ao documento da colega Natália que considero muito pertinente e cito "Este tipo de investigação muitas vezes é utilizado neste campo e precisa de ser muito bem percebido..."
Mas será isso benéfico para a investigação? Ora se o investigador é participante, este pode comprometer a investigação, na medida em que o distanciamento, condição essencial para assegurar a análise dos dados e da própria situação que é alvo da investigação, não está devidamente acautelado.
Desta forma considero que devemos expor as vantagens e as desvantagens da investigação-ação:
- Estimula a criação de um trabalho contínuo, onde os participantes são mais do que meros observadores. Além de pesquisarem, há um enfoque em determinados aspetos constantemente reajustados que irão possibilitar uma adequabilidade das práticas e uma melhoria da qualidade;
- Possibilita atenuar as diferenças entre a teoria e a prática;
- Contribui para simplificar a identificação das situações, problemas que estão a ser investigados, atendendo que são parte de um contexto que é familiar ao investigador;
- Ao permitir a co-responsabilização dos intervenientes em todo o processo, é um estímulo à motivação e por conseguinte à mobilização para o trabalho a ser desenvolvido;
- Na medida em que o investigador conhece o terreno, torna-se mais simples avaliar e superar os problemas;
- Convida à produção de reflexões que ajudam na resolução de problemas em situações concretas;
- Incentiva o aparecimento de métodos inovadores no processo ensino-aprendizagem;
- Enquadra-se à formação contínua dos docentes, pois permite-lhes desenvolverem competências de investigação, por conseguinte há um aumento dos conhecimentos e uma melhoria do desempenho.
Relativamente às desvantagens:
- A amostra da investigação é tendencialmente restrita e pouco representativa;
- Incide marcadamente na resolução de problemas práticos;
- Os seus objetivos são meramente situacionais e particulares;
- Não contempla o controlo de variáveis independentes.

Bibliografia:
BELL, J. (1997) Como realizar um projecto de investigação. Lisboa: Gravida
SERRANO, G. P. (1994) Investigación cualitiva. Retos e interrogantes. I – Métodos. Madrid: Editorial La Muralla, S.A.




2ª Contribuição:

Caro Professor e caros Colegas,
As colegas Cátia e a Natália abordam um aspeto, na minha opinião, muito relevante, e que ajuda-nos a entender a metodologia de estudo de caso e análise de dados na dissertação da Ana Paula Alves. A estratégia desta investigadora ao utilizar o E-portfólio como elemento integrador da recolha de dados, mas também na possibilidade de utilização triangulada de diversos métodos de recolha de dados, abordada inicialmente pelo colega Miguel Coelho.
Segundo alguns especialistas Yin (2005) e Stake (2005), a questão da validade e da confiabilidade e credibilidade de um estudo de caso é resolvida, em grande parte, pela triangulação efetuada recorrendo a múltiplas fontes de evidência, convergindo para o mesmo estudo de realidade e por conseguinte para o aumento da credibilidade do estudo.
Em seguida e de acordo com Denzin (1978), Stake (2005), Gómez, Flores e Jiménez (1996), são identificadas quatro modalidades, a saber:
- Triangulação de dados;
- Triangulação do investigador;
- Triangulação teórica;
- Triangulação metodológica;
- Triangulação disciplinar.
Assim quando a Cátia e a Natália abordam os procedimentos metodológicos, lembrei-me do excelente exemplo que o Professor António colocou no espaço “Recursos de Aprendizagem” da autoria Ana Paula Alves, onde por força da diversidade de instrumentos e técnicas que foram coletadas no E-portefólio, como exemplo a aplicação de questionários conjuntamente com entrevistas, entre outras.


Fase 2 - De 20 a 23 de Outubro



- Análise (individual) da dissertação de Mestrado de Ana Paula Alves intitulada E-Portefólio: Um estudo de caso.


Caraterização de um estudo de caso em investigação:

Sendo um método particularmente indicado para investigadores isolados, pois ao permitir que o investigador debruce-se no estudo de uma situação específica, em pouco tempo, os dados são recolhidos sistematicamente, a relação entre as várias variáveis é estudada, complementando com um estudo metodicamente planeado.
A grande vantagem deste método é permitir ao investigador concentrar o seu estudo numa situação específica, tentar e mesmo identificar os diversos processos inerativos em produção.
Tal como afirma Nisbet e Watt (1980, 5) “por vezes, apenas tomando em consideração um caso prático pode obter-se um ideia completa desta interacção”.
  
E-portefólio: Um estudo de caso de Ana Paula Alves:

Estamos perante uma dissertação que aborda a implementação de um programa de portefólios eletrónicos a uma turma do 9.º ano de escolaridade, tendo a Matemática sido a disciplina selecionada. Este estudo de caso decorreu no ano letivo 2006/2007, a plataforma LMS (Learning Management System) escolhida foi o Moodle.
Tal como a investigadora e autora do estudo descreve no resumo desta tese, o que pretende-se é analisar a viabilidade e adequabilidade da implementação de e-portefólios de Matemática, assentes no Moodle, às turmas do ensino básico.
Esta tese começa por uma introdução onde é contextualizado o novo modelo de educação, nomeadamente a importância do e.portefólio, a fazer notar a pertinência desta ferramenta na vida escolar dos alunos, refere também a plataforma como forma de suporte.
Na introdução deste trabalho académico, a autora procura contextualizar esta ferramenta, como um novo modelo educacional, nomeadamente, a sua relevância no percurso académico dos estudantes.
A autora faz referência ao método estudo de caso, onde aborda a relação entre o investigado e o investigador.   
Ao longo da sua exposição, a investigadora tem o cuidado de fazer uma revisão da literatura, onde destaca um problema em concreto, relacionado com as lacunas existentes nas práticas de ensino no nosso país, assim como a importância de valorizar as situações do trabalho na sala de aulas.
No âmbito das conclusões desta investigação, a autora procura ir ao encontro dos objetivos inicialmente apresentados, sem deixar de falar dos diversos obstáculos que foram surgindo ao longo deste trabalho, sem deixar de abordar trabalhos futuros. 

Referências:
Bell, Judith (1993), Doing Your Research Project: A Guide for First-Time Researchers in Education and Social Science. USA: Open University Press. 
Nisbet, J. D., e Watt, J. (1980), Case Study, Rediguide 26, University of Notttingham, School of Education. 
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/7178

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Etapas do processo investigativo



Sabemos que O Processo de Investigação é composto por diferentes etapas.

Estas variam consoante o autor, aliás como se conclui das várias bibliografias consultadas. Estas variações estão materializadas nos diversos fluxogramas, muito embora exista um tronco comum na estrutura do Processo de Investigação.

Como tal considero que as fases principais de uma investigação são as seguintes:

1- Definição do problema com a pergunta de partida;
2- A fase exploratória;
3- Construção da problemática;
4- Conceção do modelo de análise (conceitos e hipóteses);
5- A observação e a recolha de informação: métodos e técnicas;
6- Análise e interpretação dos resultados;
7- Estrutura de um relatório de investigação: partes constitutivas e regras básicas de apresentação e as conclusões.

Na definição do problema deverá ser definido o campo social da pesquisa. Há claramente a necessidade com base num diagnóstico inicial identificar os principais atores, bem como os objetivos e os problemas em concreto, situação ou fenómeno que se pretende entender ou resolver; o conjunto de teorias, bem como de metodologias de apoio ao entendimento da problemática e a condução do processo de aprendizagem da pesquisa. É nesta fase que existe a necessidade da definição da equipe de trabalho. A pergunta de partida irá funcionar como o fio condutor do trabalho.

A fase exploratória deverá compreender um conjunto diversificado de operações, nomeadamente:
- Leitura, onde se procura a razoabilidade e assertividade na escolha;
- Entrevistas com a finalidade de contactar com a realidade;
- Métodos exploratórios complementares.

Na 3.ª fase devemos fazer uma abordagem ou perspetivar teoricamente a estratégia adotada no tratamento da pergunta de partida. Ao conceber uma problemática, o investigador opta por uma orientação teórica, onde deverá explicitar o quadro conceptual da investigação.

Na 4.ª fase constitui o que podemos designar pelo produto entre a problemática fixada e o trabalho de elucidação sobre um campo de análise restrito e preciso.

A melhor forma de conduzir com ordem e rigor a organização de uma investigação é em torno de hipóteses. Estas pressupõem apontar o caminho da procura, fornecendo um fio condutor à investigação, mas também prover a recolha de dados de um critério e desta forma dar a oportunidade de confrontar as hipóteses com a realidade.

Na observação ou 5.ª fase, é abarcado o conjunto das operações através das quais o nosso modelo de análise é submetido ao teste dos factos e confrontado com dados observáveis.

Na 6.ª fase que compreende a análise e interpretação dos resultados, existe a necessidade dos caracterizar, quer do ponto de vista quantitativo, mas também qualitativo.
Importa também comparar os resultados esperados com os resultados observados e nesta sequência procurar o significado das diferenças.

Na 7.ª fase, esta é constituída por três pontos:

- Um recapitular das grandes linhas de orientação;
- Uma apresentação detalhada dos contributos para o saber resultados da investigação;
- Considerações de ordem prática.

Bom trabalho!

Jorge Soares


Fonte:
Cohen, L., Manion, L., Morrisson, K. (2004). Research methods in education. London: Routledge
Neuman, W.L. (2006). Social Research Methods. USA: Pearson Education
Pereira, Alda. O Processo de Investigação. Lisboa: UAb
Robson, Colin. (1993). Real World Research. UK: Blackwell Publishers

Fluxograma com as etapas de investigação:

Em seguida e no âmbito do trabalho do nosso grupo E-Sophi@, o qual está desenvolvido no nosso Wiki, são apresentadas em forma de fluxograma, as diversas etapas de investigação.



 2ª contribuição no Fórum:

Caro Professor,
Agradeço a oportunidade que me dá em aprofundar o ponto 2.
Quando falo em “fase exploratória”, esta ao focar a exploração, pressupõe contemplar um conjunto de operações, nomeadamente:
- Entrevistas abertas e flexíveis (a peritos, cientistas, testemunhas privilegiadas e aquilo que designamos por público potencial);
- Leitura (Qualidade da problematização), onde importa ser razoável, mas também assertivo na escolha.
Quando falo em outros métodos, destaco a necessidade de contactar com a realidade, fazer o trabalho de campo.
Espero ter dissipado algumas dúvidas.
Por outro lado, deixo aqui algum feedback daquilo que tenho retido, pois sendo eu um leigo nestas matérias, importa personificar o verdadeiro investigador. Considero que as principais dificuldades no trabalho de um investigador são em grande parte de ordem metodológica.
Cumprimentos,

Jorge Soares

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

É indicado o método usado na definição da amostra?


A seleção das escolas foi feita com base no critério de interesse dos docentes em participar no estudo, pois esta seria a forma mais adequada de viabilizar a aplicação dos inquéritos junto dos seus alunos ou junto de outros docentes, bem como a existência de postos informáticos com Internet com ligação à escola.
A população foi constituída por estudantes e docentes pertencentes ao distrito do Porto e Bragança, sendo estudantes das seguintes escolas:
DP – Escola Secundária de Lousada, Escola Básica 2,3 da Agrela e Escola Secundária de Felgueiras;
DB – Escola Secundária de Carrazeda de Ansiães e Escola Básica 2,3 de Vila Flor.
Quanto à faixa etária dos alunos, a mesma situa-se entre os 13 e os 15 anos, frequentando o 8.º e o 9.º ano de escolaridade.

Projecto Cidália 2006

Questões colocadas ao Grupo E-Sophi@ sobre dissertação de Mestrado de Cidália Neto (2006) intitulada O papel da Internet no processo de construção de conhecimento.


São apresentados claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?

São indicados os passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?

A amostra é claramente identificada?

É indicado o método usado na definição da amostra?

O questionário usado foi objecto de validação prévia?

No capítulo da explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O início




É com enorme satisfação que quero aproveitar a oportunidade de dar início a este espaço que funcionará como um diário de bordo no âmbito da unidade curricular Metodologias de Investigação em Comunicação. Sendo parte integrante de um projeto maior, o Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia da Universidade Aberta.


Pretende-se que o objetivo deste espaço seja proporcionar não só ao autor deste blogue, mas também a todos os interessados, que pretendam conhecer os procedimentos metodológicos, tão importantes na orientação e realização de uma investigação no campo da Educação. Este e-portefólio deve ser o mote para enriquecer os conhecimentos adquiridos, tendo por base a reflexão das atividades, mas também um convite ao contributo de todos.

Sejam Bem-Vindos!